Justiça

Povo de santo denuncia racismo ambiental em obras no Abaeté

A polêmica entorno do projeto de revitalização da região das dunas do Abaeté começou com um projeto de lei que propunha um nome evangélico ao local

Mesmo com as reiteiradas queixas da comunidade local e do povo de santo, as obras nas dunas do Abaeté continuam a todo vapor. Na última quinta-feira (10), o terreiro Axé Abassá de Ogum, localizado nas imediações da lagoa, usou as redes sociais para denunciar a prática de racismo ambiental no Abaeté.

“Isso aqui é um espaço de ancestralidade e a gente não vai dar nenhum passo para trás”, diz a Yálorixa Jaciara de Oxum em um dos vídeos em que mostra o adantamento das obras. Nas imagens, é possível ver uma placa escrito “Monte Santo”, indicando a instalanção de um centro ecumênico no local.

Em outra filmagem, a Yálorixa aparece sendo interrompida por um homem que se apresenta como “embaixador do evangelho”.

A polêmica entorno do projeto de revitalização da região das dunas do Abaeté começou com um projeto de lei que propunha um nome evangélico ao local. O prefeito Bruno Reis chegou a negar a mudança, porém imagens das placas da gestão municipal já continham o nome.

Avaliada em R$ 5 milhões, a requalificação prevê a instalação de sanitários, estacionamento e auditório, além da construção de escadaria e equipamentos de lazer. O edital foi lançado para a concorrência sem que o projeto fosse inteiramente conhecido, o que levou a críticas de ambientalistas e também de parlamentares. 

Foto: Leitor Metro1
Por: Metro1 

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