
Bruno Reis rebate Eduardo Bolsonaro e pede cautela sobre flexibilizar máscaras
Deputado federal criticou postura do prefeito por agir em conjunto com o governo do estado.
A flexibilização do uso de máscaras continua em discussão em todo país. Nesta sexta-feira (11), o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, criticou a postura do prefeito Bruno Reis por respeitar o decreto estadual que mantém o uso do equipamento.
O prefeito respondeu à provocação. “Sempre, durante a pandemia, ficou evidente a discordância de entendimentos e posição minha e do presidente e sua família. Eu prefiro ficar ao lado das famílias das 600 mil pessoas que morreram ao longo da pandemia, que perderam seus entes queridos, e que lamentam a existência da pandemia. Não me arrependo de nada do que fiz até aqui e do que estou fazendo”, disse o prefeito.
Bruno citou também o corte dos recursos federais para a manutenção dos leitos de UTI exclusivos para covid-19. “O Eduardo Bolsonaro deveria se preocupar em garantir o pagamento dos leitos das UTIs do mês de março, se fosse um filho ou filha dele que estivesse na UTI ele não estaria falando essas merdas que ele está falando”.
O prefeito disse ainda que os números da pandemia já permitem a flexibilização do equipamento, mas que, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, os decretos estaduais se sobrepõem aos municipais, por isso, aguarda uma posição do governador Rui Costa. Nesta sexta, Rui anunciou que o uso da máscara pode ser liberado em ambientes abertos no próximo mês.
“É evidente que vamos ter que tirar as máscaras diante da queda dos números, mas cada cidade tem a sua realidade, cada estado tem a sua realidade. Nós já estamos há dois anos usando máscara. Ela não atrapalha em nada, mas ela pode deixar de ajudar, a pessoa pode se infectar com o vírus. Compreendo a ansiedade das pessoas, mas não dá para resolver de forma abrupta, acabou. Não é assim. Muita calma nessa hora”, disse o prefeito.
A vice-prefeita e secretária de Governo, Ana Paula Matos, também rebateu as críticas feitas pelo deputado. Ela disse que a cidade tem questões urgentes para serem resolvidas e que a prefeitura está focada no trabalho. Disse ainda que respeita o parlamentar, mas que as opiniões de Eduardo não interferem nas decisões.
“Com todo respeito a ele, que tem uma cadeira dada pelo povo do estado dele, mas eu tenho que falar pelo meu povo e pelo meu povo as decisões não são tomadas pelo achismo ou opinião dos outros, mas pelo que é melhor, pela ciência, ouvindo as pessoas, fazendo pesquisas e olhando os números. Se a decisão for tomada é porque ela é a melhor, não porque A, B ou C opinou em nada”, afirmou.
