Municípios

Representante dos agentes de trânsito se queixa da prefeitura

Presidente da ASTRAM falou no Isso É Bahia, da A TARDE FM, sobre negociações de reajuste e plano de carreira

Reivindicações dos servidores de transporte e trânsito de Salvador foram os temas da entrevista com o presidente da associação que representa o segmento, Luiz Bahia, nesta terça-feira, 17, no Isso É Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9). “Temos uma pauta com a Secretaria de Gestão e esperamos uma contraproposta. Queremos uma proposta séria”, afirmou o presidente da ASTRAM, que se disse aberto ao diálogo, mas se queixou da maneira como as negociações têm sido conduzidas. “A prefeitura [de Salvador] ainda não se deu conta da gravidade”, alegou.

Um dos argumentos usados por Luiz Bahia para criticar a condução que a Prefeitura de Salvador tem dado às negociações envolve uma comparação entre reajuste de impostos municipais e reajuste salarial de servidores. “Até então, a única proposta que recebemos [da prefeitura] foi uma reposição inflacionária de 4%. Uma proposta que sequer é apta a levarmos para a categoria. Tendo em vista que o próprio reajuste de IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano], somente no último ano, foi de 10,7%. Isso sem contabilizar todo o acumulado e prejuízo de 2015 a 2021 [da categoria], que chega a 49%”, disse o presidente da ASTRAM.

A Associação dos Servidores de Transporte e Trânsito de Salvador (ASTRAM) representa servidores da Transalvador (Superintendência de Trânsito do Salvador) e SEMOB (Secretaria de Mobilidade de Salvador). “Temos cerca de 1.700 funcionários. Destes, 828 são agentes de trânsito de transporte, sendo que a lei atribui um número mínimo de 1.111 profissionais”, argumentou Luiz Bahia, que espera mais do que o reajuste para a categoria. “Estamos com a proposta de implantação do plano de cargos, carreira e remuneração. Ontem apresentamos à Secretaria de Gestão. É importante, porque é uma exigência constitucional. Desde 2014, a constituição prevê que os órgãos de trânsito sejam estruturados em carreira”.

Está marcada para esta quinta-feira, 19, uma assembleia da categoria, segundo Luiz Bahia. “Nosso objetivo é dialogar e resolver nossas demandas de forma madura, na mesa de reunião, e que a prefeitura não continue com essa proposta de nos empurrar para uma mobilização, que seria uma paralisação ou greve”, disse. “A prefeitura quando faz reposição de IPTU e taxa de lixo, usa o discurso que é para não perder o poder de investimento na cidade, mas não se vê a mesma preocupação com os seus servidores”, completou.

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